Mudar é assustador, eu sei, mas também sei que é preciso. As mudanças nem sempre deveriam ser vistas como um bicho de sete cabeças, no entanto, essa é uma visão mais comum do que se pensa. Algumas transformações podem ser feitas por si só; depois de um tempo refletindo sobre o primeiro passo e a coragem para dá-lo, finalmente ocorre e… o que vem depois? Essa é a grande pergunta, geralmente é uma daquelas que fazemos e acabamos por rotular como a questão de “um milhão de reais”.

O mais interessante sobre a mudança está no desconforto e até mesmo no medo proporcionado ao se pensar no segundo passo, terceiro e todos aqueles que virão. Existe o incômodo, à vontade e parece que nada disso é suficiente. O medo é um sentimento comum, servindo como preservação da nossa vida; em excesso, acaba nos paralisando, evitando até mesmo de viver, correr atrás dos nossos objetivos, dos nossos desejos e sonhos. Como dizem, nada em excesso é bom.

Nem todas as pessoas precisam de ajuda para seguir o próprio caminho, outras precisam de alguém ao lado para encorajá-las e levá-las a pensar no que é melhor para si a longo prazo. O medo de mudança está relacionado com o imediatismo. Com o tempo, nos tornamos uma espécie que deseja tudo para ontem. De certo modo, essa é uma das causas pela qual adiamos demais a solução para os problemas, embora resolvê-los traga um conforto futuro, esse não nos acolherá agora, quando mais precisamos. A cautela, as reflexões excessivas, o medo, o conformismo, a comodidade, são fatores que nos seguram sem nem mesmo notarmos. Adiamos enquanto dá e mudamos em meio a uma necessidade: Porque determinado assunto ou comportamento está nos prejudicando e prejudicando pessoas próximas. Também podemos mudar por obrigatoriedade: De modo que não seja mais possível seguir com a vida desse jeito e não há outro caminho.

Nossa vinda ao mundo é complicada. Passamos pela mudança de um lugar seguro, quente e confortável para um mundo cheio de pessoas assustadoras e desconhecidas. Nosso paraíso se vai e não temos nenhuma alternativa além da adaptação. Passamos por um processo longo de programação, onde moldamos nossa personalidade, nosso caráter; descobrimos nossas preferências diante de toda e qualquer experiência vivenciada. Ainda na primeira infância, temos o “luxo” de não receber tantos sinais externos de maneira consciente. Sabemos que “coisas” acontecem no mundo e sua “gravidade” não nos afeta, exceto quando esse mundo é dentro de nossa casa e tem uma ligação direta com a nossa vida. Fora isso, não percebemos e não nos importamos.

Com os anos, ganhamos a noção do “externo” e esse nos influencia o tempo inteiro como uma “ditadura”. Em momentos específicos da vida, podemos ter uma sensação de impotência, pois aquilo que desejamos não tem a menor coerência se comparado com o que a sociedade, a mídia e pessoas próximas impõe como “padrão” a ser seguido. Logicamente, nem de longe meus conselhos envolvem a quebra de regras e/ou burlar as leis. Falo apenas da necessidade de distinguir o que quer, o que precisa e o que as pessoas acham que você precisa.

Por mais difícil que seja passar por uma transformação, ela é possível. Claro, como disse anteriormente, você pode fazer tudo sozinho. A boa notícia é: Você pode, mas não precisa. Busque apoio de amigos ou de um profissional, alguém capacitado para acompanhá-lo em sua nova trajetória. A partir do momento em que você notar que existem pessoas dispostas a ajudá-lo, você também notará a chance de dar um passo significativo em uma nova direção.

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