Será que eu preciso de terapia? – PART 1
Essa é uma das perguntas mais recorrentes que eu recebo, até mesmo aqui no consultório: “Dra, será que eu preciso de terapia?”
E o questionamento não é por acaso. Vivemos num país que é referência em programas de saúde pública, que é listado como uma superpotência de cirurgia plástica, mas que ainda tem a saúde mental como um tabu.
Evitamos o assunto de todas as formas, até mesmo nas nossas rodas de conversa com amigos. É como se todo mundo tentasse mascarar suas fraquezas, traumas e dores, como se isso nos desmerecesse como ser humano. Afinal de contas, o que os nossos amigos vão pensar se souberem que nós nem sempre lidamos com os nossos problemas de forma exemplar e satisfatória, certo?
E é aí que está o problema.
Quando evitamos um assunto, damos a ele um status maior do que ele merece. Ninguém esconde quando está com gripe, por exemplo, porque já convencionou-se que a gripe é algo “comum”. Você fica doente, toma o remédio, se cura e pronto. Mesma coisa com a dor de cabeça, com as dores de estômago, com as cólicas, etc. Mas se o mal estar for psíquico ou estiver relacionado a um distúrbio emocional ou psicológico, aí escondemos, para que não pensem que estamos loucos.
Aliás, psiquiatras e psicólogos, na opinião de muitos, são profissionais que tratam – exclusivamente – de pessoas “loucas”. Logo, se a pessoa procurar um desses profissionais, será automaticamente taxada dessa forma. E não existe equívoco maior.
Imagine se gerações e gerações de pessoas nunca fossem ao médico para fazer exames ou passar por consultas. Aos poucos, essas pessoas se tornariam doentes e essa doença seria transmitida aos demais membros da família, que não teriam o conhecimento adequado de como medicar, tratar ou lidar.
Será que eu preciso de terapia? – PART 2
É isso que acontece hoje em dia com a saúde mental.
Temos uma enorme quantidade de indivíduos vivendo com traumas geracionais, necessitando de ajuda e tratamento, mas que ainda estão apreensivos em procurar assistência. São pessoas que não fazem ideia de como sua qualidade de vida poderia melhorar drasticamente se apenas fizessem check-ups em sua saúde mental, como fazem para sua saúde física.
Lembre-se: ninguém precisa ter, necessariamente, um transtorno mental severo para procurar um terapeuta. Às vezes, as pessoas só precisam aprender a se conhecer melhor ou buscar alguém de fora que as ajude a obter uma perspectiva mais saudável do que está acontecendo em suas vidas naquele momento.
Aliás, trabalhar esse autoconhecimento é fundamental para assumirmos o controle das nossas emoções e, consequentemente, das nossas vidas. É ele que nos oferece condições de estabelecer com maior clareza nossas metas e propósitos.
E é exatamente nisso que nós, terapeutas, podemos te ajudar: se você conhece suas qualidades e reconhece suas limitações, consegue trabalhar para mudá-las. Além disso, esse processo também ajuda a reforçar a sua autoestima, deixando-o mais confiante, independente e com maior capacidade para atingir seus objetivos. Pense nisso!!
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