Quem nunca viu Jack Nicholson na incrível atuação do filme “Melhor é Impossível” e o achou cheio de manias esquisitas?

Você já se imaginou lavando as mãos compulsivamente o dia inteiro por medo de contaminação? Ou seguir um ritual de trancar a porta por 37 vezes antes de sair de casa? Será que alguém consegue ter qualidade de vida assim? A resposta é não. O que para algumas pessoas é loucura ou bobagem, para outros é uma situação traz angústia e sofrimento.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) está entre as 10 maiores causas de incapacitação de um indivíduo.  Cerca de 3% da população mundial sofrem dessa doença, sendo que no Brasil, já são mais de 4 milhões de pessoas com idades entre 18 e 35 anos.

O TOC não escolhe gênero, raça nem classe social. Artistas como o cantor Roberto Carlos e a atriz Cameron Diaz, já são conhecidos por suas excentricidades e manias. O rei, por exemplo, não usa roupas marrons; já a atriz, abre portas com os cotovelos para evitar tocar na maçaneta da porta que outras pessoas já tocaram.

É importante lembrar que o TOC acaba desencadeando outros transtornos como a ansiedade e a depressão, que costuma aparecer em algum momento na vida dessas pessoas. Isso ocorre porque boa parte daqueles que convivem com o transtorno, acabam tendo conhecimento sobre sua condição, entretanto, não conseguem evitar as ações.

Os sintomas do TOC envolvem alterações de comportamento, como criação de “rituais” como revisar diversas vezes portas, janelas, gás ou o ferro de passar roupas antes de sair de casa ou na hora de dormir; excesso de limpeza (esteja ligado a casa ou até mesmo ao próprio corpo). Também podem apresentar pensamentos de conteúdo impróprio ou “ruim”, medo, desconforto, aflição, culpa, depressão, entre outros. Geralmente começam de modo gradual e variam ao longo da vida. É uma doença que não tem cura, mas tem uma melhora significativa com acompanhamento psicológico e, em alguns casos mais graves, medicamentoso.

TOC não é engraçado. Se você conhece alguém que passe por esse transtorno, procure não rir da situação. Ter paciência e oferecer apoio a quem mais precisa de tratamento clínico o quanto antes para amenizar os sintomas e ter uma melhor condição de vida.

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